29 janeiro 2008

WOW \o/



Bad news guys... Voltei pro wow =(
Então postarei menos ainda do que ando postando agora ahUuhahuAUhA
=x
Mas estou certo que vocês conseguirão viver sem mim. ^^

24 janeiro 2008

Carne e Aço (Crônicas de Ferro parte 3)


(Partes 1 e 2 na tag "Crônicas de ferro" a esquerda do blog)



O homem em cima do cavalo gritava desesperado para a fileira de soldados que agora se agrupavam perto dos muros de Cabarbech.

- Malditas sejam as ratazanas que lhes colocaram no mundo bando de inúteis, quero ver esses escudos levantados.

Era uma luta idiota. Não entendia porque o irmão havia tramado tanto para criar aquela contenda com o vizinho. Havia tão pouco a ganhar e tanto a perder. Isso já seria motivo o bastante para Hartan se recusar a travar aquela batalha, mas ansiava por uma luta e esperava trazer a glória da vitória para seu adoentado pai. Então marchou contra o novo inimigo. Nem mesmo a mais ingénua das crianças ousaria chamar aquela débil construção de castelo. Mas havia um fosso e um muro. Dentre os homens de Hartan, segundo filho de Borash, não haviam máquinas de guerra, armas de fogo ou ate magos que reforçassem suas fileiras. Contava com 137 homens, sendo 19 arqueiros, 116 homens de infantaria e o sacerdote das terras de seu pai. Atrás do fosso e do muro a morte os espreitava, acompanhada pelos 270 soldados que defendiam o local. Atacar seria seu fim, por isso resolveu esperar. Mandou que o acampamento fosse armado. Não tinha esperança que o cerco fosse fazer com que os ocupantes da pequena fortaleza passasse fome, pois todos conheciam as histórias de Gerp, o mago do local, que poderia criar os mais grandiosos banquetes apenas com algumas palavras e gestos magicos. Esperava que algum milagre surgisse ou uma grande idéia iluminasse sua mente, mas parecia impossível contornar a situação.

-Mande chamar o sacerdote Osber soldado, quero saber o que seu Deus poderá fazer por mim durante a luta.

O servo do Deus Morrow estava demorando mais do que de costume. Hartan não era bem conhecido por possuir uma grande paciencia e estava ficando irritado. Estava prestes a sair de sua tenda e ir ele mesmo tirar o sacerdote da presença de seu Deus para vir falar com ele. Ao afastar com uma fúria terrível a cobertura de couro que servia como porta de sua tenda viu o homem se aproximando e tentou se acalmar ao máximo.

- Oh meu capitão, me desculpe a demora, mas costumo tomar chá das ervas amarelas, elas me fazem dormir para que possa falar com nosso Deus nos meus sonhos. Me perdoe senhor, mas o que possa fazer para seu agrado?

Era um homem de estatura baixa, gordo e usava um pesado manto em trapo marrom. Beirava os 40 anos apesar de parecer ter mais de 50.

-Você já fez clérigo, você já fez... Agora saia daqui e vá buscar o soldado Herman, filho do alquimista.

A raiva tinha ido embora. O milagre tinha aparecido. E o Guerreiro ria frente a futura vitoria. Após horas de uma discussão aparentemente interminável entre Hartan, Osbert e o recém-chegado Herman, o jovem filho do alquimista sai às pressas da tenda, toma posse de uma carroça puxada por 2 bons cavalos e parte do acampamento. O ultimo raio de sol deixara o acampamento no segundo dia de espera quando finalmente se viu o jovem retornando. O capitão sorria.

A madrugada chegou trazendo ventos tão frios que pareciam estar prestes a congelar o sangue que corria no corpo dos homens. Foram destacados 10 arqueiros, os 9 melhores homens de infantaria, Herman e o Sacerdote Osbert para a missão. Avançavam com lentidão pela escuridão carregando a estranha maquina. A noite ajudava a encobri-los, mas deviam tomar todo o cuidado possivel. A 15 passos do fosso pararam se abrigando atrás de uma grande pedra. O filho do alquimista retirava dois sacos contendo o pó obtido das ervas amarelas e derramava-o no compartimento que continha o líquido tido como magico da máquina de névoa**. Os 19 homens nesse momento cobriram seus rostos com trapos de pano enquanto o sacerdote rogava a seu Deus que manda-se os ventos na direção da fortaleza. E assim aconteceu. Após 40 minutos a construção estava domina pela névoa que a principio não se fazia suspeita, pois nada mais natural levando em conta o frio daquela noite. Uma hora se passou antes que o pequeno grupo tomasse coragem de avançar. Chegaram a beira do muro e viram que as sentinelas dormiam. A escalada do pequeno grupo não foi difícil graças à irregularidade do muro e uma corda.
O capitão estava impaciente. Havia se passado muito tempo desde que os 20 homens haviam saído do acampamento e ate agora não recebera o sinal para atacar. Conferia pela quarta vez seus equipamentos de batalha enquanto olhava para os homens prontos para avançar cujo os rostos eram encobertos por trapos. Tinha dado a ordem de que todos iriam avançar a pé quando a hora chegasse, evitando fazer qualquer barulho desnecessário.

Ao longe viu finalmente o sinal. A luminosidade das grandes tochas conseguiram vencer a barreira formada pela névoa, então avançaram silenciosamente. A ponte sobre o fosso havia sido abaixada e os portões estavam abertos. Metade dos defensores acordara já nos reinos dos mortos. Os que acordaram a tempo havia sido surpreendido e não tiveram a mínima chance de defesa. Gritos de homens sendo espetados em pontas de lança ecoavam na noite. A fortaleza fora tomada, mas a vitória estava longe de ser definitiva. Tanto o mago Gerp quanto o senhor daquelas terras ainda não estavam mortos. Hartan tinha certeza que os dois ainda estavam dentro da casa real.

-Vocês... entrem naquele casa e me tragam a cabeça do senhor destas terras. Gritou em fúria o comandante.

A entrada dos 18 homens mais próximos a casa foi seguida de uma forte luz. Um dos corpos dos soldados fora jogado no chão do pátio. Seu rosto deformado e sua pele queimada se misturava ao que restou de sua armadura de couro. O cheiro da carne era aterrador. Sob o olhar da centena de soldados ali presente Gerp saia da grande casa. Resquícios do grande fogo ainda rodeavam sua mão magra. Era um homem baixo, de pele clara e grande barba. Possuía um olhar de uma serpente prestes a dar o bote, compenetrado nos 100 homens que cairiam diante do fogo que crispava em suas mãos. Os arqueiros soltavam incontáveis flechas contra o mago, que magicamente afastava todas. O miserável sorria.

Palavras místicas saiam de sua boca como um veneno que tornava aquele pátio um verdadeiro inferno na terra. Com a mão esquerda retirava componentes mágicos de uma bolsa de couro negro e então o medo se formou no coração de todos. Um grande mar de fogo em forma de dragão nascia das mãos do feiticeiro ceifando a vida dos 28 homens mais próximos. Os primeiros soldados começavam a correr enquanto Hartan ardia em ódio. Haveria ele de perder contra apenas um homem?

De súbito os gritos de dor dos homens, os passos da fuga, o barulho dos arcos em atividade, tudo sumira. Ouvia-se apenas a voz de Osbert. O grande sacerdote clamava ao grande Morrow que calasse a voz do assassino, e desse tranqüilidade ao coração de seus companheiros. Que Deus poderia recusar tão grandioso pedido? E assim foi feito. Gerp tentava desesperadamente invocar seus feitiços, mas voz nenhuma saia de sua boca. O sorriso maléfico havia sumido, o olhar de serpente havia dado lugar ao desespero da presa. Em vingança os homens que corriam de medo se viraram contra o maldito mago e ali ele morreu. Não há magia nesse mundo que o protegeria das espadas que atravessaram seu corpo.

Vitoria.

O dia estava amanhecendo quando o primeiro mensageiro das terras de Hartan chegara a Cabarbech. O capitão, Herman e Osbert eram celebrados como grandes heróis.

-Meu senhor esta vivo? Que maravilhosa surpresa. Disse sem jeito o mensageiro.

-Por que haveria tu de achar que me encontraria morto?

-É o que vosso irmão espalhou por nossa terra. Que o senhor havia morrido, e vosso pai morrera junto de desgosto ao saber da noticia.

Tudo fazia sentido agora. O traiçoeiro irmão o havia mandado para uma missão suicida enquanto assassinava o pai e tomava o poder. Mas ele há de pagar por tamanha ousadia. Hartan tratou de reunir o restante de seus homens para lhes contar o que havia ocorrido. A reação fora a que ele esperava.

-Senhor, és nosso herói. O seguiremos sempre. Lidere-nos na reconquista do seu poder.

-Muito me honra, mas ainda não estou pronto a enfrentar o mundo dos mortos, nem levar para lá tantos soldados assim. Tenho um plano melhor... E você mensageiro de noticias tão ruins, creio que como recompensa deverá levar contigo minha armadura. Tome, vista-a.

E assim foi realizado o plano. O capitão Hartan, morto em batalha, voltou para as terras de seu irmão carregado por seus homens, que fizeram uma grande pira fúnebre, e o queimaram. O rosto fora desfigurado por inumeros golpes durante o compate, diziam os soldados. O ritual foi rápido. Infelizmente o irmão mais velho chegou tarde demais para contemplar a faça de Hartan morto e derrotado, mas a visão clara de sua antiga armadura já era o bastante para ele.

A quilómetros dali, Herman, Osbert e um novo homen chamado Eruth, que em linguas antigas significava "vingança" tomavam um novo caminho. Um caminho que os levariam para a riqueza necessária para fazer desaparecer desse mundo Horka, o traidor.

20 janeiro 2008

Escriba


- Seja escriba - recitou Ramsés com uma voz neutra -, porque um livro é mais duradouro do que uma estrela ou uma pirâmide; preservará o teu nome melhor do que qualquer construção. Como herdeiros, os escribas têm os seus livros de sabedoria; os sacerdotes que celebram os seus rituais funerários são os seus escritos. O seu Eïlho é a prancheta sobre a qual escrevem, e a pedra coberta de hieróglifos a sua esposa. Os edifícios mais resistentes desmoronam e desaparecem, mas a obra dos escribas atravessa as gerações.

Christian Jacq


Como se faz notório, não tenho escrito nada ultimamente. Vamos ver se consigo mudar isso no final dessas ferias.
Estou um pouco chateado porque tudo o que tentei escrever me pareceu um plagio descarado de Bernad Cornwell. Para evitar que isso se repita estou lendo as historias de Ramsés, aonde me deparo com outro universo e outra narrativa. Me desejem sorte =)