02 novembro 2007

A Taverna e o Bardo (Crônicas de Ferro parte 1)

Apenas um homem estava sentado no fundo da taverna envolto em antigas lembranças tão fortes que faziam velhos ossos remecherem em suas tumbas e antigos espiritos arderem de raiva.
- Nós nascemos para contar feitos alheios meu filho, não para participar deles - Dizia o velho pai do homem.
A vida de um bardo pode parecer divertida e até mesmo bastante fácil. Porém passar noite após noite contando velhas historias cuja a procedência são tão confiáveis como a palavra de uma cigana, em sujas espeluncas, para bêbados e velhos pode não ser tão divertido assim. E era exatamente isso que atormentava Gabriel. A ideia de uma vida medíocre e sem sentido o machucava. Tinha que sair dali.
Estendeu a mão para o objeto sobre a mesa. A antiga flauta de seu pai era velha mais ainda valeria algumas peças de cobre. Talvez o bastante para uma velha espada sem corte. havia tomado a mais importante decisão de sua vida ate agora, iria viver suas próprias aventuras, e não descansara ate ver outro maldito bardo narrando suas aventuras.
O futuro promissor enchia o coração do jovem de esperança. E o destino parecia conspirar para que seus feitos começassem logo. Em poucos segundos o barulho feito pela porta da taberna ao ser aberta pelos pés de Kalgotar, seguido por seu bando, fez com que o musico voltasse de seus devaneios para a vida real.
- Taberneiro, quero uma boa dose do seu hidromel, e quero que ela me sirva.- Gritou o bandido apontando para a doce Cirnath.
Sim, os Deuses conspiravam. Logo após decidir viver uma vida de aventuras o rapaz se diante de seu primeiro feito. A anos alimentava um amor secreto por aquela menina, e não permitiria que aqueles porcos a fizessem nenhum mal. Porém não possuía nenhuma arma para enfrentar aqueles cães malditos. Ou pelo menos achava que não possuía nenhuma arma, ate se dar conta da velha flauta.
A garota já estava sendo puxada por um daqueles crápulas, enchendo o coração do bardo de um ódio tão puro e intenso que quase se tornava visível. Uma névoa negra de raiva e dor.
Levantou de sua mesa e caminhou em direção ao bando. Tentou disfarçar a dor que lhe corroía o coração da melhor forma possível. Soltou um sorriso ao chegar perto da mesa e disse:
- Oh nobres senhores, permitam que esse pobre bardo os entretenham nessa fria noite?
- Já temos algo para nos entreter e aquecer nessa noite garoto. - Disse Kalgotar esfregando seu rosto na linda pele da filha do taberneiro. O odio pulsou incontrolavel desta vez.
- Que seja o som da minha flautar a tocar quando entrarem pelos portões do inferno.
Antes que os bastardos pudessem perguntar do que o bardo estava falando, ele havia roubado a adaga de um deles. Ainda surpreso Glendar nada pode fazer para evitar que o enfurecido rapaz perfurasse seu pescoço com o objeto roubado. O sangue fervia no garoto. Enquanto os homens sacavam suas armas o bardo ainda teve tempo de avançar sobre seu próximo alvo e deixar em seu estômago a lamina gelada. Dois já haviam caido frente a fúria incontrolada, porem existiam tres outros armados e preparados contra um reles musico.
Gabriel apodera-se da cadeira mais próxima e a arremessa no grupo enquanto partia em fuga pela taberna. Kalgotar apesar de inescrupuloso era um excelente guerreiro e não deixaria por menos o que aquele bastardo havia feito ao seus homens. Partiu em perseguição, pulou em uma das mesas e saltou em direção ao pobre bardo com sua cimitarra em mãos. A arma penetrou as costas de sua vitima com tamanha brutalidade, que nem a mais forte das cotas-de-malhas poderia impedir o estrago causado, quanto mais as pobres roupas do rapaz.
O bardo caiu. Pode ver, como num sonho, todos os seus feitos sendo realizados, e numa ultima visão viu o rosto de Cinarth chorando sobre seu corpo.
E assim morre o bardo, sem que tenha seus feitos contados por ninguém. Sem enfrentar dragões ou hordas de monstros. Não chegou ao menos experimentar o doce sabor da boca de seu amor. E assim morre o Bardo.

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Roubaram meu carro... oh que bacana... estava eu comemorando com minha namorada e muito de meus amigos no famoso Medieval (otima taverna daki de brasilia) e quando vou para o estacionamento pegar meu carro não estava mais lah.
O pior que perder o carro eh perder o carro com todos os seus 12 livros de rpg que estavam lah dentro, a linda ovelha de pelucia com suporte para guardar pijamas que havia comprado para sua namorada e os maravilhosos brindes dados pela pendragon pelo dia Mundial do D&D. Ainda tenho que escutar frases como "deus vai lhe dar em dobro".

Eh... esse não foi meu fds

2 comentários:

thiago disse...

cara! muito boa essa história, pena que ela é tão triste. Pra falar a verdade eu quase chorei na quela parte que vc fala: e junto com meu carro foram meus livros e as miniaturas de D&d.


falando serio agora... ficou massa!
bem bacana!

Chichi eats disse...

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